Querida amo-te
Não como nos filmes de romance
Não te amo sempre com ternura
Às vezes é um sentimento ruim,
Quase ódio
Às vezes é fraternal
Suave como o sono tranqüilo
E às vezes com fogo de paixão
Amo-te assim
Não como num conto de fadas
Porque nada deste amor existe
Amo-te com precisão matemática
Embora às vezes este sentimento
Manifeste-se em paixão caótica
Amo-te deveras
De maneira falsa e ilícita
Por algum tempo
Despojadamente sem sabedoria
Amo-te por toda a vida
A menos que ela perdure mais cem anos
Amo-te até o ano que vem
Quando o teu gênio desgraçado
Ou a minha depressão
Nos separe para todo o sempre
Amém
para Débora em algum dia de 1997
Agnaldo Garcia
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